terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Timidez

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Um relacionamento infantil insatisfatório com a família, particularmente em referência à própria mãe que se apresente castradora ou se torne superprotetora, termina por impedir o desenvolvimento psicológico saudável do indivíduo, que estabelece um mecanismo de timidez a fim de preservar-se dos desafios que o surpreendem a cada passo.
Submetido a uma situação constrangedora por impositivo materno, que não lhe permite espaço para autenticidade, sente-se castrado nas suas aspirações e necessidades, preferindo sofrer limitação a assumir atitudes que lhe podem causar mal-estar e aflições. Por outro lado, superprotegido, sente anulada a faculdade de discernimento e ação, toda vez que defronta uma situação que exige valor moral e coragem.
Refugiando-se na timidez, disfarça o orgulho e o medo de ser identificado na sua impossibilidade de agir com segurança, protegendo-se das incomodidades que, inevitavelmente, o surpreendem.
Como conseqüência, o desenvolvimento da libido faz-se incompleto, dando nascimento a limitações e receios infundados quanto à própria atividade sexual.
A timidez pode apresentar-se como fenômeno psicológico normal, quando se trata de cuidado ante enfrentamentos que exigem ponderação, equilíbrio e decisão, dos quais resultarão comprometimentos graves no grupo social, familiar, empresarial, de qualquer ordem.
Todavia, quando se caracteriza como um temor quase exagerado ante circunstâncias imprevistas, produzindo sudorese, palpitação cardíaca, colapso periférico das extremidades, torna-se patológica, exigindo conveniente terapia psicológica, a fim de ser erradicada ou diluída a causalidade traumática, através de cujo método, e somente assim, advirá a superação do problema.
O indivíduo tímido, de alguma forma, é portador de exacerbado orgulho que o leva à construção de comportamento equivocado. A timidez oculta-o, fazendo-o ausente, mesmo quando diante dos demais. De certo modo, a timidez escamoteia temperamentos violentos, que não irrompem, produzindo distúrbios externos, porque se detêm represados, transformando-se em cólera surda contra as outras pessoas, às vezes contra si próprio.
A timidez é terrível algoz, por aprisionar a espontaneidade, que impede o paciente de viver em liberdade, de exteriorizar-se de maneira natural, de enfrentar dificuldades com harmonia interna, compreendendo que toda situação desafiadora exige reflexão e cuidado.
A timidez pode ser trabalhada também, mediante uma auto-análise honesta, de forma que o paciente deva considerar-se alguém igual aos outros, como realmente é, nem melhor, nem pior, apenas diferente pela estrutura da personalidade, pelos fatores sociais, econômicos, familiares, com os quais conviveu e que o modelaram. Ademais, deve ter em vista que é credor de respeito e de carinho como todas as outras pessoas, que tem valores, talvez ainda não expressados, merecendo, por isso mesmo, fruir dos direitos que a vida lhe concede e lhe cumpre defender.Assim, uma conduta tranqüila, caracterizada pela autoconfiança e naturalidade nas várias situações proporciona bem-estar e conquista da espontaneidade.
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Joanna de Ângelis

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi lindinha! E aí? Tudo pronto?
Falar de timidez é falar do meu passado, eu era tímida demais. Graças a Deus passou e descobri isso no dia que dei minha primeira aula na casa espírita.
Na vida pessoal a timidez atrapalha bastante, vc passa por antipática, quando é apenas tímida.
Mas há um certo charme num pouquinho de timidez,rs!
Beijos! Òtima semana!

Anônimo disse...

Quem já não passou por um momento de timidez....quem??? rs
Bem, crescemos e ficamos mais seguras, e aí, a timidez se torna só um charminho....rs
beijinhos tatá.
mineira

Carioca disse...

Espero que vc esteja bem e tudo tenha dado certo.
Meu sumiço(ver meu post) tem a ver com aquilo tudo que só vc sabia por aqui.
Estou triste mas sinto o amparo espiritual e tenho um abraço sincero e verdadeiro me esperando.
Beijos, queria saber se vc está bem!